Pai Joaquim do Oriente

GADBUDDHAYAH

GAD (Divindade) + BUDDHA (Sentido) + YAH (Razão)

obrigado

A MEDIUNIDADE NA UMBANDA

Esse assunto é muito interessante e profundo, quero que você leia e releia. Como diz nosso querido Pai Joaquim do Oriente:

- Hoje você entende amanhã você compreende. Rs... Com certeza a espiritualidade tem um propósito para cada um, cabe a você estar preparado para aceitar ou não. Momento a momento e segundo por segundo estamos sendo testados por intermédio de nossos pensamentos, palavras e ações. Posso dizer que é difícil, mas também não foi dito que seria fácil. A mediunidade não é um premio que Deus dá a determinadas criaturas que a possuem, mas um meio pelo qual possam trabalhar em beneficio de irmãos sofredores, problemáticos ou portadores de males psicológicos e, em conseqüência, de si mesmas e por intermédio de nossa fé podemos pedir de joelhos á Lei Maior e a Justiça Divina que amenize as condições dessas criaturas. A mediunidade  é mais um castigo que uma recompensa, sua pratica é ainda penosa, obrigatória e com imenso sacrifício, em que o médium, já babalorixá / Ialorixá *, esquece-se e vive para os outros. Daí não haver razão para que se julgue superior, envaidecendo-se de sua faculdade. A mediunidade é para servir e não para ser servida. Quem dela faz um instrumento para a satisfação de seus interesses pessoais, sofrerá conseqüências futuras. Por isso o médium deve buscar seu aperfeiçoamento moral e aprimoramento de sua cultura, para oferecer aos guias e protetores condições e ambiente em que possam trabalhar em prol do irmão aflito. Chegamos aqui em uma questão séria que é a mediunidade. Pois não é raro um consulente ao se sentir afinizado com as formas de trabalho do Movimento Umbandista querer ser um médium e trabalhar no terreiro. Na maioria das vezes não sabendo no que isto implica. É claro que para ser umbandista não é preciso ser médium. Porém, não são todos que trazem, por tarefa, a mediunidade. Esta resulta de um compromisso que o ser espiritual assume antes de encarnar, perante os mentores responsáveis. Na maioria das vezes este compromisso é assumido como forma de acelerar o processo de resgate dos débitos contraídos em encarnações passadas e os médiuns muitas vezes se vêem em difíceis situações para levar adiante sua obrigação. Por isso , digo que a mediunidade tem no seu maior número um caráter de prova de competência.

*BABALORIXÁ E IALORIXÁ Mais alto grau hierárquico do terreiro.é o chefe do terreiro e tem sob sua responsabilidade a direção dos trabalhos espirituais, a preparação dos médiuns e sua feitura de santo(filhos de Santo), a realização de cerimônias como batizados, casamentos e funerais. È chamado Babalorixa  (pai) quando homem e Ialorixá (mãe) quando mulher. 

                                                                                                                                                                                                               

Com isso, quero dizer que a mediunidade na atualidade não é missão cedida a espíritos iluminados e santos que encarnam na Terra para conduzir almas. Este discurso cabe mais aqueles que pretendem tirar vantagens particulares do fato de ter pessoas que batem a sua porta em sofrimento e angustia procurando soluções para suas vidas. É claro que nenhuma entidade de luz pode acobertar um usurpador deste quilate. Mais ainda, digo que, na imensa maioria, os médiuns encontram-se endividados perante a Lei e recebem como provação e expiação a possibilidade de praticar a caridade com humildade servindo de veículos a seres, estes sim, iluminados pela Sabedoria e Amor. Não é justo, portanto, que médium sinta-se vaidoso ou orgulhoso pela faculdade que lhe foi estendida. Este é o primeiro passo para a decaída. Mesmo aqueles que são médiuns, não são todos que vieram com o compromisso de trabalhar no Movimento Umbandista, havendo a mediunidade como forma de trabalho em outras doutrinas espiritualistas. O que difere o médium umbandista do médium de outras correntes doutrinaria é que o médium de Umbanda, antes de encarnar, é preparado para suportar as correntes de magia negra e outras forças negativas que irá lidar no dia-a-dia do terreiro, entre outros motivos. Friso que esta preparação só funciona se o médium der as condições para que sua áurea atue como escudo protetor e mesmo como sintonizador de seus mentores evitando o contato com seres do baixo mundo astral. As modificações que se processam antes da encarnação para que o ser encarnante venha a ser médium de Umbanda são duas basicamente.

1. Recebe lições de cunho moral-espiritual, esclarecendo-o sobre a caridade e a fraternidade como formas de ajuste e as diretrizes da sua encarnação (mesmo não se lembrando destas lições ao entrar no corpo físico, elas permanecem latentes no seu inconsciente). É o cérebro que funciona, quando a criatura se acha em estado de vigília. Nesses neurônios corticais situam-se os circuitos de células em que são gravadas as experiências passadas, o aprendizado e as ocorrências da vida., tais como ocorre num “vídeo-tape”. Ai se armazena os conhecimentos do homem durante a existência terrena, transferindo-se daí para o espírito.
2. Seu corpo astral é ajustado em suas vibrações e freqüências para no momento adequado vir a atingir sintonia com seu mentor permitindo sua manifestação ( isso só acontece se o médium der as condições fluídicas para o fenômeno). Quando o médium estiver pronto o mestre aparecerá guias observam tudo a todo o momento, pois o seu comportamento é avaliado por eles. Sabem que a interferência em assuntos já conhecidos pelo médium consciente induz em 90% no erro da consulta, pela interferência consciente do médium.

Ainda assim, com toda a preparação que é feita através do ajuste e acréscimo de força em certos centros vitais, muitos sucumbem pela falta de uma conduta moral e mesmo física tão necessária para levar a bom termo sua missão. Inúmeros são os casos de médiuns que fracassaram, caindo nas mãos do baixo astral pelas correntes de pensamentos impregnadas de vaidade, orgulho, sensualismo, álcool e outros vícios. Os mentores espirituais não podem ferir o livre arbítrio de seus filhos-mediuns que têm que dar condições para que as entidades possam trabalhar. Se um médium começa desvirtuar seu caminho, seu mentor o orienta e instrui na medida do possível. Porem, se este é renitente e não quer ouvir seus guias, estes não podem fazer nada a não ser observar. Você que foi abençoado com a oportunidade do trabalho redentor não jogue fora as instruções nem a  amizade sincera destes mentores do astral que querem o seu bem. Esta é uma amizade que não pode ser substituída. È preciso dizer, entretanto, que não basta apenas ceder o corpo físico para uma entidade incorporar e trabalhar para o médium evoluir. A evolução espiritual não se dá apenas pela caridade através da incorporação, mas principalmente pelo autodomínio e auto conhecimento que o médium deve procurar para melhor servir e pela possibilidade de presenciar e sentir os bons exemplos de simplicidade, amor, humildade e sabedoria que são dados no dia-a-dia pelas entidades durante os trabalhos. Para ter chance de aprender mais rápido é que a maioria dos médiuns não fica completamente inconsciente durante as incorporações, podendo assistir parcialmente a atuação dos verdadeiros mestres do Astral superior. Muitos dizem tem coisas que eu não lembro, a entidade me tira parte da consciência para a espiritualidade funcionam assim: lembra (consciente) ou (semi-inconsciente), não lembra (inconsciente), não existindo meio termo.

MECANISMOS DA INCORPORAÇÃO

As variantes da mecânica da incorporação se resumem em três:

1)      Inconsciente

2)      Semi-inconsiente

3)      Consciente

A primeira, como o próprio nome já diz, é a modalidade mediúnica que o médium cede totalmente a sua indumentária mediúnica a`a entidade atuante. Neste tipo de mediunidade, o médium fica totalmente tomado, entrando em um sono profundo, não tendo controle nenhum sobre seu corpo. Este é um tipo de mediunidade já raro nos dias atuais, pois os mentores desejam que os médiuns aperfeiçoem cada vez mais interiormente e que, de fato., comecem a aprender reais valores da espiritualidade superior. Na mediunidade inconsciente o trabalho é realizado pelo mentor, não tendo a mínima participação do médium.

 A segunda modalidade de mediunidade é a semi-inconsciente.O médium vê, ouve e percebe determinados assuntos da consulta que sejam importantes para seu próprio desenvolvimento interior. É como se fosse um aprendizado pratico, necessário a resolução de seus próprios problemas interiores.Após a desincorporação, o médium se lembra de algumas consultas, as necessárias ao seu desenvolvimento, e não se lembra de outras.

A Terceira o médium consciente parecerá absolutamente normal aos olhos leigos, durante a incorporação o médium consciente busca sintonia com a entidade, mas na verdade o espírito comunicante que lança uma onda mental, que vai atingir a sintonia do médium, sem duvida há maior facilidade na expressão de idéias e capacidade mental muito acima da do médium. Durante os trabalhos conversam normal , muitos sem expressão de voz da entidade e acompanham tudo com os olhos, recordam dos fatos com nitidez e com memória. Um dos obstáculos encontrados  pelos médiuns portadores de incorporação consciente e que os inibe fortemente no exercício de suas tarefas, é o não terem certeza de que o que falam vem do espírito comunicante e não deles mesmos. Muitos médiuns alegam a inconsciência para não inibir as pessoas que consultam suas entidades, embora permaneçam  totalmente conscientes durante as manifestações mediúnicas. Aos médiuns conscientes peço que jamais digam isso aos consulentes, a mentirá não faz parte da Umbanda Sagrada, sejam sempre sinceros.

Essa mensagem que você vai ler agora é fantástica.....

É sabido que as  células têm mente, essa “mente da célula” é a guardiã das enfermidades “carmicas”, fazendo eclodir na época prevista, embora já estivessem impressas no núcleo  da célula desde o nascimento ( irmãos mais adiante informarei sobre “ A Bioquímica  que comprova a lei do carma”) não podendo o espírito agir diretamente na matéria nem ser por ela atingido, fá-lo por meio do perispirito (ou corpo astral),o qual é constituído de corpúsculos fluídicos de consistência variável, numa escala que vai desde a matéria densa , até a matéria quintessenciada: suas expressões externas são:

a)      De um lado a parte menos material, que se liga e é manipulada pelo espírito;

b)      Do outro lado a parte mais materializada, que é o sistema nervoso, que manipula o corpo físico.

Entre essas duas expressões extremas,vibra todo o corpo astral: é uma substancia única,  manifestando-se em diferente e gradativos graus de  vibração, desde a quintessenciada (imperceptível aos sentidos humanos), até a grosseira (perceptível aos nervos).

Sendo, pois , a parte materializada do corpo astral, que serve de ligação entre o espírito e o corpo físico, o sistema nervoso é ao mesmo tempo,

Ø  O EXECUTANTE  das ordens do espírito em relação ao corpo (fibras AFERENTES) e

Ø  O COMUNICANTE das ocorrências do ambiente físico, para conhecimento do espírito (fibras EFERENTES)

Compreendemos, então, por que, quando um espírito se liga a um médium (sobretudo por ligações fluídicas através dos chakras) este se agita, contorce ou tem repelões: as sensações do espírito desencarnado tranmitem-se ao sistema nervoso do médium, o qual executa involuntariamente os movimentos provenientes do espírito “externo” e não de seu próprio espírito. Assim também as dores e sensações do comunicante se transmitem ao corpo astral do médium, que as sente como se suas fossem. Dá-se  o mesmo com  os “tiques” nervosos, a voz, os gestos, etc., pois o sistema nervoso do médium está “ligado” ao do espírito comunicante por meio dos chakras e plexos nervosos.

CORTEX CEREBRAL

Toda a mediunidade que passa através do córtex, impressionando os neurônios, é dita “consciente”, porque o médium toma conhecimento, na consciência  “atual”, do que está passando nele; a tal  ponto que, frequentemente não consegue distinguir se  é ele mesmo ou o “outro” por intermédio dele, que está pensando, falando ou agindo.

Se, ao invés, as células corticais não são impressionadas, a criatura não toma conhecimento do que se passa: é a mediunidade inconsciente.

O mesmo se dá com o mecanismo dos órgãos internos: coração, fígado, intestinos, estomago, rins, baço, etc.; todo o comando que rege esses órgãos é feito sem qualquer registro no córtex; daí serem todos os movimentos e a atuação desses órgãos, “inconscientes”. Só se algo de anormal lhes sucede, necessitando eles de uma ajuda “externa” é que há comunicação por meio do córtex, com a sensação sumanamente desagradável chamada “DOR”. A dor é  um toque de campainha pedindo auxilio e levando ao consciente o conhecimento de uma irregularidade que precisa ser sanada.

Isso esclarece suficientemente que não depende do médium que sua mediunidade seja consciente ou inconsciente. Trata-se de um fator independente de sua vontade, e cujo mecanismo é governado por meios que a ciência “oficial” ainda desconhece. Alias, toda a estrutura cerebral ainda é pouco conhecida da ciência medica,que não tomou contato oficial com o principal agente, que é o espírito.

Humildemente ofereço alguns conselhos aqueles que querem realmente preservar seus contatos mediúnicos e evoluir na senda da caridade:

ü  Procure manter uma alimentação sadia com simplicidade, composta de verduras, legumes, frutas, cereais, arroz, feijão. Evite o excesso de carnes pesadas como a de porco e outras em conserva ou embutidos, principalmente em dia de sessão. Dê preferência as carnes brancas, o peixe é excelente para o campo mental. Beba muita água que é fonte condensadora de energia astral. ( por essa razão é oferecido um copo d’água após incorporação)

ü  Evite os excessos de álcool e fumo, nunca beba e nem fume em um dia de sessão.

ü  Evite manter relações sexuais nas vinte e quatro horas que antecedem a sessão.

ü  Evite o contato sexual imediatamente após a sessão.

ü  Saiba que as entidades se manifestam através dos caminhos criados pelos seus pensamentos e sentimentos. Bons pensamentos e sentimentos, entidades firmes trabalhando. Más correntes de pensamento e sentimento, entidades inferiores estarão se ligando a você. Por essa razão se pede para elevar os pensamentos e não manter conversas paralelas.

ü  A entrar no terreiro, tenha este local como sagrado e dedicado apenas ao espiritual..Esqueça os problemas trazidos do cotidiano e perceba o balsamo que lhe é oferecido pelos amigos do astral que esperam contentes que você entregue seu coração e seu físico ao trabalho com Oxalá.

ü  Procure de tempo em tempos (uma vez por mês) visitar os locais sagrados da natureza, que pode ser uma mata,um rio, cachoeira, montanhas, pedreiras, praia ou mar. Ao chegar neste local, observe a beleza da natureza, ouça o canto dos pássaros e os barulhos naturais, respire profundamente o ar limpo, purificando os pulmões. Peça aos espíritos puros que lá vivem que possam lhe dar força e energia. Você verá como é bom!

ü  Como alimento para o espírito, cultive o habito da oração. Poucos têm esse costume e quando tem, a maioria faz orações decoradas e aprendidas de outras religiões e raro são aqueles que rezam de joelhos no chão e com seus corações. Não se preocupe se você ainda não sabe extrair o alimento que podemos conseguir através das invocações. Em nosso caso as entidades pedem o evangelho e o seu entendimento e compreensão, eleva sua vibração.como tudo na vida, rezar também se aprende e a experiência e vivencia é que proporcionam os resultados desejados. O que não podemos é perder tempo.procure rezar falando aquilo que vier do seu coração, direcionando seus pedidos pela força de seu pensamento e de preferência não apenas aqueles pedidos de ordem material, mas também pedidos mais espirituais aos seus Orixás.

Assim acredito que mais fácil será o caminho e você mesmo vai se sentir feliz.