Os escravos Sudanezes habitavam o noroeste da Africa e eram trazidos preferencialmente para os portos do norte do Brasil: Natal, Recife,Salvador; os Bantos vinham embarcados com destino aos portos do sudeste e sul: Vitoria,Rio de Janeiro, Santos,Porto Alegre. Apesar da extensão do continente africano e da diversidade de culturas, a religião predominante, com algumas pequenas diferenças, era praticada baseada no fetichismo (veneração exagerada que se tributa a algo tais como pedras, madeiras, estatuas, etc), cujo objetos simbolizavam divindades; em deuses mitológicos denominados orixás, que representavam forças da natureza, e no culto aos ancestrais (parentes falecidos). Aqui vivendo, por força do julgo do branco dominador, continuaram praticando os cultos de origem, malgrado a imposição da religião oficial àquela época - o catolicismo - pelos senhores de engenho e por padres desejosos de catequiza-los. Contra isso, os negros usavam disfarces, assentando e escondendo seus orixás sob imagens de santos católicos. Assim, puderam continuar louvando seus deuses. Pois bem , na época do cativeiro, o negro furava a base das imagens de santo feitas de madeira, para ali introduzir o seu "Ota" (atributo de um orixá) e, assim, ocultar seus deuses sob forma de santo católico. Descoberto o disfarce, o branco interpelou o negro. Este justificou, alegando que as imagens ocas não rachavam facilmente. O branco teve uma ideia: encomendava a feitura de imagens ocas para dentro delas colocar ouro, prata e pedras preciosas, vedando com cera e desta forma, exporta-las para a Europa sem pagar impostos ao rei. Absurdo? hum eu também acho rs. Por analogia, surgiu a expressão "santinho do pau oco" designando pessoas tidas por boazinhas, mas cuja aparência inocente escondia ações maroteiras...
Pai luiz Carlos de Xango

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